sexta-feira, 26 de março de 2010

O apartamento em Barcelona

Barcelona foi a segunda cidade que reservei onde ficar. E consegui logo na primeira tentativa. Achei um apartamento bom e bem localizado. Tive uma resposta rápida do proprietário (nem sempre isso acontece!).

Aí, quando fui reservar, começaram os problemas com o Paypal. Eu simplesmente tive a minha conta bloqueada e não conseguia fazer o pagamento, mesmo tendo limite de sobra no cartão de crédito. Sem contar que já tinha dado tudo certo na reserva de Paris.

A troca de emails com o atendimento ao cliente do Paypal foi tão surreal que vou contar em um post à parte.

A sorte é que Eduard, o proprietário, foi de uma gentileza incrível. Ele simplesmente disse que acreditava na minha palavra e que reservaria o apartamento sem o pagamento da reserva. Sim, eu teria feito a mesma coisa, mas sei que isso não é comum.

E ele escreveu em português, o que eu achei bastante simpático.

Ah, e a simpatia continuou em vários emails, se dispondo a dar todas as informações que eu precisasse sobre a cidade. Graças a ele, descobri que Barcelona tem um aquário lindo, que eu nem sabia. Agora vou ter que dar um jeito de encaixar no roteiro! Disse o Carlo que o Eduard só poderia ser catalão. Deve ser, porque escreve em catalão no Facebook.

Ele e a esposa Imma têm um blog sobre o apartamento. Vale a pena visitar. Clique aqui.


O apartamento em Paris

Não foi muito difícil. O Homelidays é realmente uma mão na roda. Escolhi um lindo de morrer. Enorme. No último andar, com uma vista linda para a cidade. Não consegui, já tinham reservado na data que eu queria.

Apavorei. Hum, vai ser difícil. Não foi. Pesquisei mais um pouco e achei outro. Bem menor. Beeem menor. Só que super bem localizado, a uns 300m da Notre Dame. Perto (a pé) de metade dos lugares que quero conhecer. E tem acesso rápido à outra metade. E é uma gracinha.

Olha ele aqui.


quinta-feira, 25 de março de 2010

O manteau rouge



Atendendo a pedidos, eis o manteau rouge, passeando em Paraty. Não, não estava tão frio assim e eu não precisava usá-lo.

Mas eu sou friorenta, ué. Preferi derreter no manteau rouge!

Cabelo novo


Não, eu não podia viajar com o cabelo antigo. Tava uma maçaroca só, um troço feio e desbotado. Bem, ainda está desbotado, mas cortado!

Está lindo, curtinho, na hora, cheio de mousse e afins, achei que estava a cara da minha avó. A dona do Manteau Rouge. Fiquei emocionada. Agora já está tudo lambido de novo. Mas lindo.

Fiz uma maldade para cortar o cabelo. Liguei para o Eloy e disse: "Vou viajar para Paris na semana que vem. Só posso cortar o cabelo hoje. Ou você corta ou eu vou no Werner". É claro que ele arrumou um horário para mim. Fica pelas milhares de vezes que eu marquei hora e ele encaixou gente enquanto me atendia e eu passei horas no salão, hehehehe.

Layout do blog

Escrevi os posts abaixo no layout básico do Blogger. Aí fiz o update para esse e morri. Tá lindo demais!

O roteiro

Ah, o roteiro...

Foi uma luta definir. O bom é que a Cris topa tudo, então, nem precisei negociar. Escolhi sozinha as cidades.

Pensei em Lisboa, Londres, Aberdeen, Milão, cortadas por absoluta falta de tempo, e no final de muita luta e "tira um dia daqui e bota prali", ficou: Paris, Giverny, Barcelona, Roma, Florença, Siena, San Gimignano e Veneza. E mais um dia em Paris na volta.

Solidão... a quatro?

Ah, e a Ana ainda vai encontrar uma amiga que mora em Paris, que se chama... Clarisse... e que ficou no meu lugar quando eu saí do Globon. É, certa está a Roberta: o mundo é pequeno e mal frequentado. E estranho, também!

:-)

Solidão... a três!

Bem, é claro que eu sou neurótica e estou planejando tudo há seis meses. Tenho plano B para tudo: sol, chuva, voo atrasado, hospedagem que não der certo...

E é claro que meus amigos NÃO AGUENTAM mais ouvir falar nessa viagem.

Uma dessas pessoas é a Ana Paula, que, no final das contas, também vai à Paris com a gente. No mesmo avião, ao nosso lado. (Nada de gente chata do nosso lado, fechamos uma fileira!)

Pena que quando ela decidiu ir eu já tinha reservado o microapartamento em Paris, e ela não pôde ficar com a gente...


Solidão a dois

Quando a Cris viu que agora a viagem saía mesmo, rolou um olhar compriiiido e a vontade de ir comigo. Em troca de ela ser minha "escravinha" durante um boooom tempo, estou pagando a viagem dela. Bem, não estou pagando, ela está trabalhando para isso!

E assim, pronto, não foi dessa vez que eu fui fazer alguma coisa SOZINHA. Agora seremos Eu, Cris e o Manteau Rouge da vovó.

:-)

Hospedagem

Resolvi que, já que estava na merda e sozinha, ia ficar mesmo na merda e sozinha. Nada de hotel. Eles eram caros e impessoais. E eu queria sofrer a minha solidão. Nada de ajuda de funcionários dos hotéis. Não adiantou nada o hrs.com que o Carlo indicou.

Resolvi alugar apartamentos em cada cidade que fosse. Tinha o seu lado bom. Eu ia passar alguns dias como legítima moradora da cidade, indo ao mercado, à padaria...

Achei o Homelidays.com e lá encontrei os apartamentos que queria. Além da localização excelente, no final das contas saiu bem mais barato do que se ficasse em hotel.


Os primeiros preparativos

Bem, dona Cráudia deu pra trás, pelos mais diferentes motivos: gastou dinheiro com outra viagem, tinha medo de avião (mas pra NY ela foi!!!), falou que não ia de Air France, que tinha o casamento da Sam pra organizar.

Eu esperei ela juntar dinheiro de novo, topei ir por outra companhia aérea, falei que esperava o casamento, desde que ela marcasse a viagem para uma semana depois do casamento, afinal, a mãe da noiva não viaja na lua de mel, né?

Cansei. A lindinha é a lindinha do meu coração, mas percebi que ela tava só me enrolando...

Chamei o Wal pra ir comigo. Com tudo pago. Não quis. Medo de avião.

Resolvi que eu ia de qualquer jeito. mas que jeito? Eu ODEIO fazer qualquer coisa sozinha! Meu inglês é ruim, meu francês é ruim...

Resolvi ir de excursão. Aí foi a vez do Carlo colocar o terror, dizendo que a minha companhia de viagem na parte terrestre (!!!!) (sim, terrestre, e um tempo nada desprezível) ia vomitar o tempo todo ao meu lado.

Decidi ir sozinha, com o coração na mão, e sem ser excursão. Ameacei ligar a cobrar pro Carlo em qualquer emergência.

Aí comecei a planejar a viagem, e fui ficando cada fez mais maluca, fazendo escolhas solitárias...

Avec un coulier rouge... non, un manteau rouge

O nome... Que tal começar pelo nome?

Avec um coulier rouge era o nome de uma lição, ou de uma frase do livro da Aliança Francesa da Cau, uma ex-aspirante a participar da tão preparada e adiada viagem a Paris. Manteau rouge é o casaco vermelho da vovó, que amava francês, me deu várias aulas, estudou na Aliança e infelizmente nunca foi à Paris. (Droga, vovó, se você estivesse por aqui, a Cau não ia abandonar o projeto.) (Eita, já estou chorando no primeiro post!)

Quando eu e a Cau começamos a planejar a viagem, ela logo se tornou o Projeto manteau rouge, a princípio secretíssimo. O roteiro nunca foi totalmente definido, a não ser que seriam muitos dias em Paris, fora as outras cidades da Europa.